Expectativa
Estaleiro Rio Grande estima 700 novos empregos em operação de reparo
Navio que passará por manutenção chegou em Rio Grande ontem; Sindicato pede cautela sobre contratações
Divulgação - Ecovix - DP - A embarcação, que será utilizada em um contrato com a Petrobras, tem capacidade para operar em profundidades de até 3.048 metros e perfurar poços de até 12,1 mil metros
O Estaleiro Rio Grande recebeu nesta terça-feira (6) o navio sonda ODN I, da Ocyan, que chegou às águas rio-grandinas para sua primeira docagem de reparos. A chegada marca o início do maior serviço de reparo em embarcações desde 2021, quando foram retomadas as atividades do Polo Naval do Município. A estimativa da Ecovix, empresa responsável pelo estaleiro, é que a operação dure 60 dias e seja responsável pela geração de 700 empregos ao longo deste período.
De acordo com a empresa, foram mais de três meses de preparação, em parceria com a DockBrasil, para a execução do trabalho, que deve incluir revisão geral nos sistemas, pintura, manutenção, serviços de tubulação e outras intervenções. A embarcação, que será utilizada em um contrato com a Petrobras, tem capacidade para operar em profundidades de até 3.048 metros e perfurar poços de até 12,1 mil metros.
A geração de empregos prevista durante a operação inclui vagas no próprio estaleiro e também em parceiros. Ainda não foram divulgados detalhes relativos a cargos, remunerações e duração dos contratos. Ao Diário Popular, a assessoria de imprensa da Ecovix informou que o perfil das vagas é dinâmico e deve variar de acordo com o avanço do reparo. A empresa também disse já estar aceitando currículos de trabalhadores atuantes em atividades relacionadas aos reparos, como pintura e manutenção. Interessados devem se inscrever pelo site da Ecovix, acessando a página ecovix.com/contato/ e clicando na opção "cadastre seu currículo".
Sindicato cauteloso
Enquanto a chegada do navio é motivo de comemoração para a comunidade, o Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte (Stimmerg) vê a novidade com mais cuidado. Para o vice-presidente da instituição, Sadi Machado, o cenário do Polo Naval ainda é de crise para os trabalhadores. "A gente vê com muita cautela essa situação. Se o navio chegou hoje, parte dessa mão de obra já não deveria estar lotada lá dentro? Não podemos distorcer a realidade que vivemos hoje. Nós, trabalhadores, ainda não saímos da crise", avalia.
Atualmente, Machado estima que cerca de 400 operários estejam em atividade no estaleiro. Segundo ele, o anúncio de novas vagas gera uma grande expectativa na comunidade, que ainda possui muitas pessoas da área desempregadas e, por isso, diz haver necessidade de manter um olhar atento. "Gera uma expectativa na comunidade e no trabalhador, mas a gente sabe que grande parte [dos trabalhadores] não vai ser absorvida, então essa euforia nos causa grande preocupação. Até agora a gente não viu 'canetaço' de ninguém, só promessas e expectativas", pondera.
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